Localizada na orla do centrinho da antiga freguesia, a praia preserva a arquitetura dos séculos XVIII e XIX, proporcionando aos visitantes uma verdadeira viagem ao passado. É possível caminhar pela região e apreciar os traços de uma cultura que foi herdada dos açorianos, os antigos habitantes que colonizaram a ilha.
Além de sua beleza e riquíssimo patrimônio histórico, o Ribeirão da Ilha é famoso por ser o maior produtor de ostras do Brasil. O cultivo de moluscos nas águas calmas da região impulsionou o desenvolvimento do setor gastronômico local, tornando-o um destino imperdível para os amantes de frutos do mar. Os restaurantes tradicionais servem pratos frescos e fartos, fazendo do Ribeirão uma referência nacional na gastronomia de frutos do mar.
Ao visitar o Ribeirão da Ilha, aproveite para passear na orla, conhecer as lojinhas de artesanato e renda de bilro e se encantar com a amabilidade das pessoas locais. A praia, por estar localizada na Baía Sul, possui um mar calmo e de pouca profundidade, o que a torna perfeita para relaxar e desfrutar de momentos tranquilos à beira-mar.
Com uma extensão de 750 metros e uma largura que varia entre 2 e 15 metros, a praia é formada por três trechos, sendo o maior deles na região residencial central. Seu nome deriva do pequeno rio que nasce no Morro da Cabeça do Macaco e desemboca na Praia do Saco, a cerca de 3 km da freguesia. Vale a pena mencionar que o Morro da Cabeça do Macaco é o ponto mais alto da ilha, com aproximadamente 530 metros.
A história do Ribeirão da Ilha remonta ao período colonial, quando os primeiros navegadores portugueses e espanhóis chegaram à região por volta de 1506. Posteriormente, em 1748, cerca de seis mil açorianos desembarcaram na Ilha de Santa Catarina, dando início à colonização efetiva da ilha. Diversos grupos étnicos contribuíram para a colonização, como açorianos, portugueses, madeirenses, canários, espanhóis, alemães e populações negras.
Inicialmente, a região do Ribeirão da Ilha se destacava pela produção agrícola, com cultivo de cana-de-açúcar, café e mandioca, além da criação de gado. Posteriormente, com o declínio das atividades agrícolas, a tradição pesqueira e a maricultura ganharam destaque como principais atividades econômicas da região.
Apesar do desenvolvimento, o Ribeirão da Ilha sofreu com a falta de planejamento urbano e a ocupação de áreas de mangues, o que resultou em problemas decorrentes do crescimento desordenado. No entanto, junto com os moradores, surgiram estabelecimentos como bares, supermercados e restaurantes, incrementando o turismo na região.
Se você procura um destino encantador, com belas praias, gastronomia de excelente qualidade e uma rica história para explorar, não deixe de visitar o Ribeirão da Ilha. Desfrute da tranquilidade, da simpatia das pessoas e da cultura que se manteve viva ao longo dos séculos.