Existem três formas de chegar à Lagoinha do Leste: duas trilhas e de barco. A maneira mais recomendada é fazer a trilha a pé. De carro, não é possível acessar a praia, pois não há estrada. A segunda opção é pelo mar, com desembarque um pouco precário devido às ondas fortes. Os barcos, operados por pescadores locais, levam cerca de quinze minutos e partem do Pântano do Sul durante o verão.
Ambas as trilhas têm suas vantagens. Para chegar mais rápido e por uma trilha mais tranquila, recomenda-se a que sai do Pântano do Sul, levando em média uma hora de caminhada. Durante o percurso, você passará por mata fechada e morros, mas não se preocupe, a trilha é bem demarcada e não exige habilidades avançadas. Após a subida, você será recompensado com uma vista deslumbrante da Lagoinha, e então é só descer e sentir a areia da praia nos seus pés.
A outra opção de trilha começa na Praia do Matadeiro e é um pouco mais longa e desafiadora, com duração de aproximadamente três horas. Portanto, se você busca uma aventura mais intensa, essa é a escolha perfeita.
Com mais de 1,2 km de faixa de areia cercada por costões, matas nativas, mar aberto, lagoa e cachoeira, a Lagoinha do Leste é um verdadeiro tesouro natural. Essa área preservada por lei é um dos últimos redutos da Mata Atlântica em Florianópolis, garantindo a beleza intocada do local.
As águas cristalinas e limpas da praia são agitadas e têm uma forte rebentação devido ao mar aberto. A areia clara e fina se estende por uma largura que varia entre dez e 120 metros. Além disso, a lagoa que dá nome à praia é formada pelo deságue de rios que descem do morro do Matadeiro, criando uma lagoa de estuário. Pequenos córregos que nascem na mata também correm em direção à lagoa, formando pequenas cachoeiras. Essa mistura de água doce e salgada cria uma experiência única ao nadar nas águas da Lagoinha.
Uma experiência mágica que pode acontecer em raras ocasiões é o fenômeno dos plânctons bioluminescentes, também conhecidos como algas fosforescentes. Essas criaturas fazem a água brilhar mesmo à noite, proporcionando um espetáculo fascinante para os visitantes.
Embora tenha sido frequentada por pescadores da região do Pântano do Sul, a Lagoinha do Leste nunca foi colonizada por açorianos ou índios. A atmosfera de praia deserta se manteve ao longo dos anos. Em 1992, a área foi classificada como área de preservação permanente, o que significa que não é permitida a construção de casas, comércios ou estradas na região, garantindo a sua proteção e conservação.
Conheça a Lagoinha do Leste e desfrute de um verdadeiro paraíso intocado. Seja através de uma trilha emocionante ou um passeio de barco, essa praia escondida certamente ficará marcada em sua memória como uma experiência única em meio à natureza exuberante de Santa Catarina.