A relevância científica e ecológica desse afloramento rochoso é extraordinária devido à sua antiguidade. Estima-se que esse sítio geológico tenha mais de 2 milhões de anos, tornando-o um dos poucos lugares do Brasil onde uma formação dessa natureza e idade pode ser observada em sua forma original. Essa peculiaridade desafia a ciência, já que estudos demonstram que normalmente os dois tipos de rochas não deveriam estar juntos, devido às suas composições tão diferentes. É quase mágico presenciarmos essa união.
O mais impressionante é que as pedras brancas são muito mais antigas do que as pedras pretas, e ainda assim estão posicionadas sobre elas nessa formação. O padrão natural seria o contrário, com as rochas mais antigas abaixo e as mais recentes se sobrepondo. Essa característica peculiar torna o costão de pedras um local intrigante para estudos geológicos.
Acredita-se que esse local seja único no Brasil em termos de formação rochosa e sua preservação na superfície. Poucos lugares no mundo possuem uma formação semelhante, sendo encontrada apenas na Nova Zelândia e no Canadá.
Este encontro natural e raríssimo de dois costões paralelos, separados por uma divisão de pedras brancas e negras, é um verdadeiro espetáculo da natureza. Além de sua relevância científica, ele também possui importância ecológica. Ele separa a Praia do Sol da Praia da Barrinha e oferece vistas deslumbrantes de várias praias da cidade quando vista do alto.